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Desempenho

Economia de Caxias do Sul cresce 1,7% em outubro

Números do mês foram apresentados pela CIC e CDL nesta quinta-feira

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Rosângela Longhi/CDL Caxias/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A economia de Caxias do Sul registrou crescimento de 1,7% em outubro, na comparação com setembro de 2025, com avanço nos três principais setores. O comércio liderou a expansão, com alta de 4,1%, seguido pelos serviços (2,2%) e pela indústria (0,7%). Os números foram divulgados nesta quinta-feira (11) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

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Na comparação com outubro de 2024, já descontados os efeitos sazonais, o desempenho do Município apresentou retração de -2,9%. Enquanto os setores de serviços (6,8%) e comércio (6,7%) avançaram, a indústria registrou queda expressiva de -11,3%, puxando o resultado geral para baixo.

No acumulado de janeiro a outubro de 2025, frente ao mesmo período de 2024, a economia local apresenta recuo de -0,6%. O setor industrial acumula retração de -6,8%, ao passo que serviços (8%) e comércio (3,7%) mantêm crescimento no ano. Já no indicador acumulado em 12 meses, a economia está estagnada (0%), refletindo perda de ritmo nos últimos meses.

Indústria mantém trajetória de queda no ano

Em outubro, a atividade industrial cresceu 0,7% em relação a setembro, influenciada principalmente pela maior utilização da capacidade instalada e aumento das horas trabalhadas. No entanto, frente a outubro de 2024, a indústria recuou -11,3%, impactada pela retração nas compras industriais (-25,8%) e nas vendas (-15,9%).

No acumulado do ano, o setor industrial registra queda de -6,8%, e no acumulado em 12 meses, o recuo é de -5,4%, refletindo um ambiente de juros elevados, demanda interna enfraquecida e custos em alta.

Ao avaliar os números, o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, ponderou que reformas estruturais são essenciais para simplificar a carga tributária, reduzir a burocracia e melhorar a logística, a fim de tornar o Brasil mais atrativo para investimentos.

Segundo ele, é importante estabelecer a confiança dos investidores externos no Brasil, por meio de políticas e ações que criem um ambiente de negócios mais favorável e previsível.

O setor de serviços cresceu 2,2% em outubro, na comparação mensal, e 6,8% frente ao mesmo mês do ano passado. Com isso, acumula alta de 8% no ano e de 8,3% em 12 meses. Já o comércio avançou 4,1% no mês e 6,7% na comparação anual, acumulando crescimento de 3,7% no ano e de 2,7% em 12 meses.

O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, salienta que ao contrário do mês anterior, em que ocorreu retração, a expansão de outubro gera menos apreensão com relação ao resultado do final do ano.

"O resultado do mês foi devido ao comportamento do ramo duro, que ganhou fôlego na venda de itens de maior valor agregado", resume Ness.

Mercado de trabalho

Com base nos dados do Caged, Caxias encerrou outubro com 173.174 empregos formais, resultado de 7.910 admissões e 7.822 desligamentos, o que gerou saldo positivo de 88 vagas.

O setor de serviços liderou as contratações, com 302 novos postos, seguido por comércio (140), agropecuária (74) e construção civil (13). A indústria foi o único setor com desempenho negativo, com fechamento de 441 postos de trabalho.

No acumulado de janeiro a outubro, o mercado formal apresenta expansão de 2,2%

Balança comercial mantém superávit

Em outubro, o saldo da balança comercial de Caxias do Sul atingiu US$ 47 milhões, com exportações de US$ 88 milhões e importações de US$ 41 milhões. Apesar da queda mensal de -2,3% nas exportações, o saldo comercial cresceu 7,3% em relação a setembro. No acumulado de 12 meses, o superávit avançou 128,1%, sustentado por exportações em alta e importações mais contidas.

Em 2025, as exportações seguem concentradas em materiais de transporte (51%), enquanto as importações são lideradas por máquinas e aparelhos (52%). A Argentina voltou a ser o principal destino das exportações, com 24% de participação, seguida por Chile (18%) e Estados Unidos (13%). A China permanece como principal origem das importações, com 46% do total.

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