Instituto Hélice debate perfil de egresso da UFRGS em Caxias do Sul

Luciane Modena/Divulgação

As expectativas com relação à chegada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) à Serra Gaúcha foram tema de uma roda de conversa promovida pelo Instituto Hélice nesta quarta-feira (15). O evento ocorreu durante o tradicional encontro de associados da entidade, na CIC Caxias.

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Na oportunidade, o vice-reitor da UFRGS, Pedro Costa, apresentou o andamento do projeto de instalação da universidade na Serra e se dispôs a entender mais sobre o perfil de profissional desejado pelo ecossistema local.

A diretora-executiva do Hélice, Katherin Misura, fez a abertura do encontro e deu as boas-vindas ao vice-reitor, que esteve acompanhado dos professores Daniela Callegaro e Raquel Janissek-Muniz, da área de Administração, e Marcelo Cortimiglia, da área de Engenharia.

Conforme os representantes, a UFRGS fez um extenso estudo sobre o perfil da Serra Gaúcha, considerando a estrutura da educação, os jovens matriculados em Ensino Médio e as demandas do mercado. No dia 31 de outubro, o Conselho Universitário deverá votar o projeto para instalação da universidade na região.

Após a introdução, os professores conduziram uma dinâmica na qual os participantes elencaram três palavras que definissem qual seria o perfil do egresso da UFRGS desejado para a Serra. Os termos mencionados foram projetados e colocados em debate.

As características mais comentadas foram voltadas a empreendedorismo, inovação, criatividade e humanização. Além de trazerem questionamentos, os associados comentaram sobre desafios da cultura local, o envelhecimento da comunidade, o turismo, a retenção de talentos e o papel da universidade pública na transformação social.

Para o vice-reitor, o encontro correspondeu à expectativa da UFRGS, uma vez que os comentários, dúvidas e sugestões são importantes para calibrar a proposta de implementação.

"Estamos há um ano com essa agenda, escutando as demandas e o que se espera da chegada da universidade. Nossa expectativa é ter aulas de graduação já no primeiro semestre de 2026. Para isso, estamos preparando as adequações estruturais, de pessoal e de processo seletivo", explica.

Conforme Pedro Costa, a Serra Gaúcha tem uma série de particularidades.

"É um jovem que tem o trabalho como um valor muito forte e é uma região que tem bastante oferta de emprego. O desafio para a Universidade é mostrar para esse jovem que ele não precisa fazer uma escolha entre estudar ou trabalhar, mas que ele pode estudar e trabalhar. Estamos pensando nos turnos dos cursos para que possamos fechar essa equação", salienta.

"A reitoria da Universidade está muito entusiasmada com esse projeto. Estamos convencidos da importância para a região e para a UFRGS, pois colocaremos os pesquisadores em contato com uma microrregião do Estado que tem características culturais bem distintas de organização do trabalho. Esse projeto vai responder demandas importantes e tem tudo para ser exitoso a longo prazo", resume.

Para a representante do Hélice, esses fóruns precisam acontecer com frequência na Serra.

"No Instituto, conversamos com diferentes setores da economia. São empresas que movimentam mais de R$ 45 bilhões por ano. O impacto coletivo do Hélice é importante e o que formos pensar para o nosso futuro pode ser construído nesse espaço", reforça.

Conforme o vice-reitor, a meta da UFRGS é chegar a 2,8 mil alunos em cinco anos de operação na Serra. Estão previstos os cursos de Engenharia de Produção Mecânica, Engenharia Agrícola, Engenharia de Materiais/Manufatura, Ciência de Dados, Psicologia, Pedagogia, Administração e Licenciatura em Teatro.

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