Deputado federal e pré-candidato a governador do Estado palestrou na CIC nesta segunda-feira
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27.10.2025 - 21h32min
O deputado federal Luciano Zucco foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), realizada nesta segunda-feira (27). Com o tema “Caxias do Sul e Região na rota da prosperidade do Rio Grande do Sul”, o parlamentar abordou os desafios e oportunidades para o desenvolvimento econômico do Estado.
Natural de Alegrete e com raízes na Serra Gaúcha, Zucco, pré-candidato a governador do Estado, afirmou que o Rio Grande do Sul vive um momento decisivo de reconstrução e destacou que Caxias do Sul e a região têm papel fundamental nesse novo ciclo de prosperidade.
Com base em dados do IBGE, Zucco destacou que o Rio Grande do Sul foi o Estado que menos cresceu entre 2002 e 2022, e que, enquanto Santa Catarina e Paraná ganharam posições no ranking de competitividade, o estado gaúcho perdeu. O deputado associou o resultado à "infraestrutura ruim, descaso na educação, falta de mão de obra qualificada e mentalidade estatal arrecadatória e punitiva".
O parlamentar deu ênfase a problemas como a escassez de mão de obra qualificada, e citou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) que mostra que "a falta de trabalhador qualificado afeta 85,5% das indústrias no RS". Outro ponto abordado foi a falta de prioridade nos gastos públicos, com exemplos de despesas do governo estadual.
"O Rio Grande do Sul está na contramão dos demais estados em relação aos gastos públicos", afirmou.
Zucco também ressaltou que o Rio Grande do Sul é o segundo Estado mais endividado da federação.
"Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul não só teve o pagamento da dívida suspenso, como também vendeu ativos e recebeu recursos extraordinários", citando as privatizações da CEEE, Sulgás e Corsan, além dos repasses decorrentes da pandemia e das enchentes. E acrescentou que, em 2027, a dívida gaúcha será de R$ 137 bilhões.
Para Zucco, as mesmas ações levam sempre aos mesmos resultados, e defendeu a atenção ao setor produtivo do Rio Grande do Sul, por meio da valorização das secretarias estratégicas, e de projetos estruturantes e investimentos na agroindústria, com a necessidade de reduzir o inchaço da máquina pública e promover a venda de bens imóveis inativos.
"O governo tem 71 imóveis ou terrenos sem uso em Porto Alegre", ilustrou.
Ao reforçar que "o segredo está em colocar as peças nos lugares certos", e que é preciso buscar um governo técnico, mostrou comparativos de desempenho de estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo em áreas como segurança, infraestrutura e competitividade.
A reunião-almoço foi conduzida pelo presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, que, em seu discurso de abertura, defendeu uma agenda de racionalidade e responsabilidade, baseada na redução do tamanho do Estado, na reforma administrativa e na austeridade das contas públicas.
"O País necessita de eficiência e pragmatismo político, com foco em resultados, sem espaço para disputas ideológicas ou pessoais que atrasam decisões, projetos, definições, escolhas de caminhos", disse Loro.
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