Categoria rejeita mudanças na Previdência e no Estatuto
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20.10.2025 - 10h43min
Os servidores municipais de Farroupilha reafirmaram união e resistência contra as reformas da Previdência, do Estatuto e da estrutura administrativa que vêm sendo articuladas pela Prefeitura. Em assembleia promovida pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Farroupilha (Sismuf) realizada na última terça-feira (14), a categoria aprovou a proposta de reajuste salarial e cobrou valorização do funcionalismo público.
Conduzido pela presidente do Sismuf, Beatriz Sosnoski, e pelo vice-presidente, Mateus Silveira, o encontro discutiu as propostas de reforma e os índices que servirão de base para a Campanha Salarial de 2026.
A categoria aprovou a reivindicação de reajuste correspondente à inflação projetada pelo IPCA para 2026, acrescida de ganho real. O objetivo é recompor o poder de compra e garantir a valorização dos servidores, que estão há mais de dois anos sem aumento acima da inflação.
"Se não recebermos essa recomposição de acordo com o salário-mínimo, nosso salário vai achatando e nosso poder de compra diminui a cada ano", afirmou Silveira.
Os trabalhadores também defenderam o aumento do vale-alimentação, considerado defasado diante do custo de vida.
"Sabemos que há municípios que recebem cerca de R$ 1 mil de vale-alimentação. Estamos defasados, pois o preço dos alimentos não para de subir", ressaltou Beatriz.
Segundo o Dieese, a cesta básica no Estado acumulou alta de 7,85% nos últimos 12 meses.
Previdência sob ataque
A Reforma da Previdência Municipal foi um dos pontos mais criticados durante a assembleia. Segundo o sindicato, o projeto vem sendo elaborado sem diálogo com o Conselho Previdenciário ou com a entidade sindical. As três propostas apresentadas pelo prefeito Jonas Tomazini (MDB) foram rejeitadas pela categoria.
"Não podemos arcar com a má gestão dos últimos anos. Contribuímos durante toda a vida, inclusive depois de aposentados. Se o Município não honrou com suas obrigações, essa conta não é nossa", afirma Beatriz.
O Sismuf também contestou o argumento de déficit no Fundo Previdenciário. A entidade afirma que o fundo é superavitário em 2024 e deve registrar rentabilidade acima da meta atuarial em 2025.
Outro ponto destacado foi a falta de transparência da Prefeitura na condução das reformas. O sindicato relata que diversos ofícios foram enviados solicitando informações sobre a gestão previdenciária, mas a maioria não foi respondida.
"Essa reforma não é uma exigência do Governo Federal, e sim uma escolha política do gestor municipal", criticou a direção do Sismuf.
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