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Artigo

A deglutição também envelhece?

Aline Ferla fonoaudióloga especialista em Disfagia, Motricidade Orofacial e Fonoaudiologia Hospitalar

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Leandro Araújo/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O processo de envelhecimento é responsável por transformações neurofisiológicas, estruturais, funcionais e químicas no organismo, em especial quanto às funções orofaciais como fala, voz, mastigação e deglutição.

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Um em cada três idosos brasileiros apresenta algum grau de limitação funcional, segundo Análise da Fundação Oswaldo Cruz, baseada em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013).

Presbifagia é o termo utilizado para caracterizar as modificações da deglutição durante o envelhecimento, deixando idosos propensos a desenvolverem distúrbios que podem levar a comorbidades como pneumonia aspirativa, desidratação, desnutrição e sarcopenia.

As alterações podem ser caracterizadas por uma disfunção sensorial – afetando percepção, paladar e olfato – por perdas dentárias, pela diminuição da produção da saliva e pela redução do tônus muscular e do controle do movimento, prejudicando o processo de deglutição.

É importante considerar que o envelhecimento neurológico interfere no ato de engolir. Isso porque o planejamento e o controle motor dos órgãos e músculos responsáveis pela deglutição são realizados pelo cérebro, tronco encefálico e nervos cranianos.

Deve-se lembrar que há uma grande relação entre a cognição e a deglutição. Déficits de atenção, memória e outras funções executivas centrais interferem na alimentação, prejudicando o reconhecimento dos alimentos, a coordenação dos movimentos e a segurança alimentar.

Sintomas como tosse e engasgos às refeições, escape de alimento pelas comissuras labiais, excesso de saliva na cavidade oral, inapetência, sensação de alimento parado na garganta, perda de peso, histórico de pneumonias de repetição e outros sinais sugestivos de complicações relacionadas à deglutição devem ser avaliados por fonoaudiólogo especialista em Disfagia, sobretudo na população idosa.

O envelhecimento saudável é desafiador e exige abordagem multidisciplinar de saúde. A manutenção da funcionalidade da deglutição, permitindo que idosos se alimentem com segurança e eficiência por via oral, é pilar essencial de uma boa qualidade de vida para esta população.

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