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Teatro e Festival das Imigrações convidam os alunos a serem protagonistas na construção do conhecimento
redacao@serraempauta.com.br
17.09.2025 - 10h21min
Os estudantes do Colégio Madre Imilda, de Caxias do Sul, estão há meses ensaiando para as apresentações artísticas que ocorrem nesta semana: o Madre Teatro, nesta quarta (17), às 19h, no auditório e o Festival das Imigrações, na quinta (18), às 19h30, no Ginásio Poliesportivo I.
A quarta edição do Madre Teatro contará com a participação de 86 alunos do 8º ano, todos totalmente envolvidos na produção, divulgação e nos ensaios da peça que levarão ao palco uma adaptação da obra “O Tempo e o Vento – O Continente”, do escritor gaúcho, Érico Veríssimo.
Essa literatura, assim como todas as obras das edições passadas, contempla uma das diversas revoluções específicas do período histórico moderno, conteúdo estabelecido na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No final das apresentações teatrais, serão premiados com o Troféu Rosácea os destaques de cada categoria como "Melhor Direção", "Melhor Dramaturgia", "Melhor Ator", "Melhor Figurino", entre outros, somando um total de 14 prêmios.
A iniciativa parte sempre da leitura de obras literárias previamente selecionadas que permitem a exploração da micro-história, tendo como base as revoluções. Na primeira edição, em 2022, foi escolhida a obra "A Revolução dos Bichos" de George Orwell, um clássico que faz uma interpretação da Revolução Russa e, já em 2023, "Os Miseráveis" de Victor Hugo, referente à Revolução Francesa.
No ano passado, foram selecionadas duas obras de Charles Dickens para retratar o período da Revolução Inglesa, "Oliver Twist" e "Um Conto de Natal".
"No contexto atual da Educação, a busca por metodologias que transcendam o ensino tradicional e engajem os alunos de forma mais profunda no processo de aprendizagem é fundamental. O teatro, como linguagem artística e ferramenta pedagógica, oferece um caminho promissor para essa imersão, permitindo que os estudantes compreendam os fatos históricos e os vivenciem de maneira menos abstrata e mais reflexiva", explica o professor de História, Rodrigo Oliveira.
De acordo com a direção, a iniciativa convida os alunos a serem protagonistas na construção do conhecimento, em que eles são desafiados a elaborar e encenar uma peça teatral ao longo do ano letivo, transformando o conteúdo programático em uma experiência estética e colaborativa.
O colégio afirma que essa abordagem potencializa a compreensão de conceitos históricos complexos, como as revoluções modernas, além de estimular o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, a criatividade, o pensamento crítico e a interdisciplinaridade.
O Festival das Imigrações proporciona que as turmas do 4º ano representem os povos que formaram as primeiras bases do país: os povos originários, os portugueses, os espanhóis, os africanos, os holandeses, os alemães e os italianos através de encenações, músicas, canto, poema, coreografias e, é claro, o protagonismo dos estudantes.
Para a coordenadora, Meire Vieira Tisott, celebrar a formação étnica e a cultura do Brasil também é papel da escola.
“Compreender quem somos como povo brasileiro, a partir de que etnias chegamos até aqui e de que forma essa mistura é preservada por meio de manifestações culturais são elementos propulsores na caminhada dos estudos em Ciências Humanas", conclui Meire.
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