O documento apoiava a iniciativa do deputado estadual capitão Martim, que alega improbidade do gestor estadual
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01.07.2025 - 22h03min
A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul arquivou a moção de apoio um pedido de impeachment contra o governador Eduardo Leite (PSDB). A moção foi rejeitada por 9 votos contra e 8 a favor, com o voto de desempate do presidente do Legislativo, vereador Lucas Caregnato (PT), durante a sessão ordinária desta terça-feira, dia 1º de julho.
A solicitação de abertura de processo de impedimento contra o gestor estadual partiu do deputado capitão Martim (Republicanos), no âmbito da Assembleia Legislativa do RS.
Os autores da moção elencaram argumentos de Martim, para eventual impeachment, tais como: gastos excessivos com autopromoção; uso de publicidade oficial para promoção pessoal; desperdícios de verbas públicas; engavetamento de planos preventivos.
No primeiro item, alegam que teria havido aumento de 84% nos gastos em publicidade. Referiram que, no primeiro ano do governo de Leite, em 2019, a cota publicitária alcançou a aplicação de R$ 40,2 milhões, sendo que, em 2015, no início da gestão do ex-governador José Ivo Sartori, o valor era de R$ 21,8 milhões.
As críticas dos vereadores se estenderam à utilização de recursos públicos, para o que entenderam como promoção pessoal do governador a partir do documentário "Todos Nós por Todos Nós". Produzida pela equipe de Comunicação Social do governo e veiculada em 2024/2025, o vídeo retrata Leite como o protagonista da reconstrução do Estado após as enchentes. O custo do documentário teria alcançado R$ 500 mil.
A referida moção enfrentou a resistência de diversos vereadores. A petista Rose Frigeri concordou que faltam planos preventivos diante da possibilidade de novas catástrofes climáticas, sobretudo no Vale do Taquari. Criticou a flexibilidade da legislação ambiental.
Na mesma linha, manifestaram-se os vereadores Andressa Marques (PCdoB) e Caregnato, reiterando que, sem crime de responsabilidade, não faria sentido uma abertura de processo disciplinar contra o governador.
Em defesa de Leite, a vereadora Marisol Santos (PSDB) apontou que o governo estadual já registra o maior índice de investimentos nos últimos 25 anos. Sustentou haver equilíbrio fiscal.
Para o vereador Elói Frizzo (PSB), a moção estaria focada em debater o cenário político antes das eleições de 2026.
De autoria do vereador Hiago Morandi (PL), a moção também contou com as assinaturas de Alexandre Bortoluz (PP), Andressa Mallmann (PDT), Calebe Garbin (PP), Ramon Teles (PL), Daiane Mello (PL), Pedro Rodrigues (PL) e Sandra Bonetto (Novo).
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