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Crônica

Doses de gentileza

Uma situação inusitada em supermercado nos faz refletir sobre a generosidade

Jornalista - Gustavo Tamagno Martins

redacao@serraempauta.com.br

Freepik/Banco de Imagens
Foto Principal - Notícia

Vuco vuco de um final de sexta-feira no supermercado. Caixas com filas extensas. Uma cena envolvendo uma criança me surpreendeu. Pasmem, não tem criança se jogando no chão, choro e gritaria. Foi simples, silencioso e impressionante.

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Um menino de uns oito anos de idade abriu a barra de chocolate que os pais tinham comprado para comer e antes de se despedir da operadora de caixa, uma senhora, gentilmente, pegou um tablete do chocolate e deu para ela. Surpresa, assim como eu e meu pai que assistíamos a cena enquanto transportávamos os produtos do carrinho para o balcão, a senhora agradeceu.

O menino, que já havia ficado para trás enquanto os pais já estavam saindo do mercado, ainda respondeu:

— Imagina!

Todos nos olhamos e ficamos até sem palavras para aquela atitude tão linda.

Talvez aquele pequeno gesto tenha transformado o dia daquela senhora que já estava a várias horas de pé registrando compras atrás do balcão. Talvez aquele tablete de chocolate tenha adoçado a semana amarga daquela simpática anciã. Talvez a ela, como a mim, tenha acendido mais uma vez a chama da esperança, de que o ser humano pode ser bondoso e preocupado em repartir com os outros, seja comida, o seu tempo ou um tablete de chocolate.

Em um mundo que se tornou incomum dar “bom dia”, “boa tarde” e “boa noite”, doses de gentileza ainda nos deixam surpresos. Deveria ser natural vermos ações como essas. No entanto, é mais fácil visualizarmos uma briga no trânsito ou umas buzinadas aqui e acolá do que vermos pessoas ajudando um idoso atravessar a rua ou respondendo um cumprimento.

Educação deixou de ser um dever de casa de muitos pais (alguns deles, inclusive, terceirizam tudo para os professores, que nem têm esse papel). E consequentemente criam-se filhos grosseiros e arrogantes. Resultado: uma sociedade em que todo mundo quer gritar, mas ninguém quer ouvir.

O mundo já pega pesado demais conosco. Doses de gentileza amenizam esses dias tão cinzentos e turbulentos. Ninguém sabe das batalhas que o outro passa. Até porque estamos todos enfrentando tempestades.

Que sejamos mais gentis e que possamos repartir doses diárias de gentileza com o outro e com nós mesmos. Vamos pegar mais leve. E como diz um ditado por aí: “gentileza gera gentileza”. A senhora que recebeu o chocolate passou a doçura adiante, com os próximos da fila, e nos ensinou até a receita de rosca de polvilho. Vamos fazer parte dessa corrente do bem!

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