Igreja de São Pelegrino, de Caxias, ganha documentário que conta sua história

Marcele Brusa Maciel/Divulgação

Em 2 de agosto de 1953, foi inaugurada a obra arquitetônica da Igreja São Pelegrino como conhecemos hoje. A igreja que começou, em 1891, como um oratório para honrar a imagem de São Pelegrino, foi substituída, com o passar dos anos, por uma capela de madeira e por outra capela ainda maior, até tornar-se um dos principais símbolos de Caxias do Sul. 

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Ponto turístico obrigatório para quem visita a cidade, ali o turista encontra um templo imponente, repleto de obras de arte do mais alto nível, comparados às igrejas de outras partes do mundo.

Mas São Pelegrino não é só isso. É história, é presente e futuro. É uma comunidade que pulsa vida no sentido amplo da palavra. Além das missas, casamentos, batizados e outros sacramentos, São Pelegrino traz acolhimento, encontro de pessoas, Clube de Mães e um forte trabalho social que envolve centenas de pessoas nas mais de 32 pastorais, entre elas, a das pessoas em situação de rua.

“São Pelegrino, 7 décadas de histórias” registra, em 37 minutos de exibição, a história dessa comunidade, a construção da igreja e também resgata personagens marcantes, como o padre Eugênio Giordani, liderança de forte personalidade, que foi o responsável pela construção da igreja atual, e o afável padre Mário Pedrotti, Pároco Emérito de São Pelegrino.  

O lançamento do documentário será realizado no dia 15 de outubro (quarta-feira), às 19h30, com exibição para convidados na Sala de Cinema Ulysses Geremia, no Centro de Cultura Ordovás, em Caxias. Está marcada uma segunda sessão, às 20h30, gratuita e aberta ao público, no mesmo local.

Para o Padre Mário, o Padre Giordani “foi um líder visionário, ele tinha uma visão extraordinária. A visão dele não era só dentro da igreja, mas em toda a sociedade, em favor dos trabalhadores”.

Além do padre, várias pessoas contribuíram para o documentário com seus depoimentos. É o caso de Cristiana Locatelli, filha do pintor italiano Aldo Locatelli, responsável pelas belas pinturas no teto, altar e pela Via Sacra, pinturas que impressionam os visitantes. 

Cristiana reside em Rio Branco, capital do Acre, e gravou seu depoimento dentro da igreja São Pelegrino, observando as obras do seu pai.

“A minha busca hoje é conhecer o mestre. Eu conheço o pai. Tudo ocorreu muito rápido. A Santa Ceia, por exemplo, foi pintada em onze dias”, conta.

Para Marcele Brusa Maciel, produtora executiva do filme, “o curta foi pensado para ser um documento inédito contendo a história da igreja São Pelegrino e da comunidade do bairro São Pelegrino, que construiu e participa ativamente do dia a dia da paróquia. Contar essa história em forma de vídeo é mantê-la viva para as futuras gerações”.

“São Pelegrino, 7 décadas de história”, é mais que um simples registro visual. É a síntese da história, passado e presente de uma comunidade viva que luta, acolhe, e tem na igreja um marco histórico de religiosidade e arte presente nas obras de Locatelli, na réplica da Pietà de Michelangelo, na cópia do Santo Sudário, na Via Lucis de Rogério Baierle, nas portas de bronze e no relógio de flores. Arte, religiosidade, fé, turismo, união da comunidade... tudo isso é São Pelegrino.

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