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Operação Niflheim

PF realiza, em Caxias, operação contra lavagem de dinheiro e evasão de divisas por meio de criptoativos

Na cidade da Serra, foram cumpridos cinco mandados de prisão e 10 de busca e apreensão

Colunista - Redação

redacao@serraempauta.com

Polícia Federal/Divulgação
Foto Principal - Notícia

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou, nesta terça-feira (10), a Operação Niflheim, para desarticular três grupos criminosos que atuam no mercado de criptoativos, suspeitos de lavagem de dinheiro e do envio de divisas para o exterior.

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Os líderes dos grupos atuam a partir de Caxias e de Orlando, na Flórida, Estados Unidos. Segundo a investigação, eles enviavam divisas para os Estados Unidos, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e China.

Na operação, foram mobilizados 130 policiais federais e 20 servidores da Receita Federal, que cumprem oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão nos municípios de Caxias do Sul, São Paulo, Fortaleza e Brasília. A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores em contas bancárias e criptomoedas dos investigados em mais de R$ 9 bilhões, além da apreensão de veículos e imóveis.

Em Caxias foram cumpridos cinco mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. Em São Paulo, três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Já em Fortaleza e Brasília, foram quatro e um mandado de busca e apreensão, respectivamente.

Os crimes investigados são de lavagem ou ocultação de bens, crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, associação criminosa, organização criminosa e crimes contra a ordem tributária.

A investigação iniciou em setembro de 2021 e identificou que a atuação dos grupos criminosos contemplaria diversas camadas de operações financeiras. A partir da origem ilícita do recurso, principalmente de “clientes” do tráfico de drogas e do contrabando, os grupos investigados se utilizariam de empresas de fachada e de outros mecanismos para dificultar o rastreamento do dinheiro pelas autoridades.

Ao receber os valores, os grupos se encarregariam do envio dos recursos para o exterior por meio de criptoativos. Desde o começo da investigação, os suspeitos movimentaram mais de R$ 55 bilhões.

Os três grupos alvo da Operação Niflheim atuam de forma organizada e mantêm relações entre si. Ao final da investigação, conforme as informações coletadas, poderão ser considerados como uma única organização criminosa.

A operação foi denominada Niflheim, da Mitologia Nórdica "Lar da Névoa", em alusão a atuação dos grupos investigados, que operam por meio de transações financeiras obscuras.

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Polícia Operação Niflheim PF Caxias do Sul operação lavagem de dinheiro evasão de divisas criptoativos exterior