Condições climáticas favoráveis e bom desenvolvimento das videiras fortalecem projeções de crescimento
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04.11.2025 - 17h46min
O setor vitivinícola do Rio Grande do Sul projeta uma safra de cerca de 800 milhões de quilos de uva para o ciclo 2025/26, um aumento estimado em 50 milhões de quilos em relação à colheita anterior. A expectativa é de alta sanidade da fruta e boa produtividade, o que gera otimismo entre produtores e entidades do setor.
De acordo com o presidente do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), Luciano Rebellato, a safra 2024/25 deve ter fechado com aproximadamente 750 milhões de quilos de uva, embora os dados oficiais ainda não tenham sido divulgados.
Segundo ele, o cenário positivo deve impulsionar a produção de vinhos, especialmente os brancos, jovens e de perfil mais leve, que vêm ganhando espaço entre os novos consumidores.
A ocorrência de um inverno rigoroso é a principal razão da previsão positiva, segundo o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Uva e Vinho, Henrique Pessoa dos Santos.
"Tivemos um inverno muito bom, com o somatório do frio dentro da normalidade climática, que gira em torno de 390 horas de frio, quando a temperatura está abaixo ou igual a 7.2ºC. No total, no inverno deste ano, foram registradas 395 horas de frio. A partir disso, as videiras respondem em potencial de brotação, com uniformidade e gemas férteis. A partir desta etapa de brotação, estamos agora vivendo o período de florescimento das cultivares", relata.
Com isso, nesta primavera, época da brotação, as videiras apresentam boa fertilidade e bastantes cachos, explica o pesquisador. A previsão de baixa quantidade de chuva para os meses de dezembro e de janeiro também é um sinal positivo, porque neste período a uva não precisa de grande quantidade de água, mas de tempo seco.
Segundo Santos, o que pode vir a prejudicar a fertilidade, reduzindo o número de bagas por cacho, é a grande oscilação térmica entre o dia e a noite, com a atual condição de clima seco, imposto pelo fenômeno La Niña.
Como ainda há alguns meses para o início da colheita, é importante ressaltar que os números podem sofrer alterações.
"Dentro do setor, porém, não há maiores temores em relação a fatores que possam influenciar negativamente questões como o preço do quilo de uva, por exemplo, com a expectativa da safra ser completamente absorvida e transformada em produtos: nossos sucos, vinhos e espumantes", salienta Rebellatto.
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Economia cenário setor vitivinícola RS projeta safra 800 milhões quilos uva 2025/26 Caxias do Sul
