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Documentário

Uma parte do rock gaúcho no cinema do Ordovás, em Caxias do Sul

O filme "Amor e morte em Julio Reny” retrata as frustrações de autor de clássicos com o meio musical e suas tragédias na vida pessoal

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Reprodução/Divulgação
Foto Principal - Notícia

O texto foi escrito pela jornalista Ana Seerig.

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No último dia 5, Julio Reny recebeu pela primeira vez o Prêmio Açorianos por sua música (dez anos atrás, sua biografia escrita por Cristiano Bastos já havia sido premiada), mas foi na semana seguinte que seu nome tomou conta das redes sociais: aos 66 anos, Reny foi espancado com o troféu que recebeu dias antes. O músico, que já tinha sérios problemas de visão, ficou sem enxergar e precisou de uma cirurgia de emergência.

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Sua filha, Consuelo Vallandro, iniciou uma campanha para arrecadar R$ 18 mil para pagar cuidadoras que acompanhassem o pai 24h por dia, enquanto a cirurgia não fosse realizada e o músico recuperasse sua autonomia. Em poucas horas a meta foi alcançada e superada: “O que é uma gota de maldade no oceano de bondade?”, disse Reny emocionado em seu primeiro pronunciamento após a violência sofrida.

Acostumado a uma vida de altos e baixos, o portoalegrense não deixou que os produtores do documentário "Amor e morte em Julio Reny" adiassem o lançamento nos cinemas da capital, marcado para 20 de novembro.

Essa semana o filme chega a Caxias do Sul, no cinema do Centro de Cultura Ordovás. Antes de chegar às telas gaúchas, o documentário já havia sido exibido no festival In-Edit, em junho em São Paulo, e foi indicado a três categorias do 18º Brazilian Film Festival, realizado em outubro em Los Angeles. Agora, a produção tenta ganhar os cinemas brasileiros e, para isso, precisa da presença do público gaúcho para levantar números – esse é mais um motivo para os caxienses irem ao cinema.

Talvez o nome de Julio Reny não seja conhecido por todos, já que, em 40 anos de estrada, o músico trabalhou com diferentes bandas e fez lançamentos solo, mas sua importância na história do rock gaúcho é inegável.

Além de ter abrigado em sua garagem ensaios de variadas bandas que alcançaram o sucesso (como Engenheiros do Hawaii – Reny inclusive participa da canção “Guardas da fronteira”), ele é responsável por hits como “Amor e morte”, “Cine Marabá” e “Jovem cowboy” (gravado pelo trio Cowboys Espirituais, formado por Reny, Frank Jorge e Marcio Petracco) - esse último contou com clipe exibido na MTV e reconhecimento internacional.

O documentário é principalmente composto por depoimentos sinceros de Julio Reny, contando sobre suas frustrações com o meio musical e suas tragédias na vida pessoal. É a filha Consuelo quem traz leveza para o filme, mesmo quando os assuntos são pesados, já que com os anos aprendeu a entender o pai e suas escolhas. Enquanto as falas do músico são muitas vezes amarguradas, Consuelo afirma com uma risada: “Eu me sinto filha do Ozzy Osbourne dos pobres”.

Para quem é fã de Julio Reny, assistir ao documentário não é fácil, mas ao chegarmos ao final, cada um dos versos já escrito por ele parece ter seu significado dobrado. A quem ainda não conhece a fundo o artista, o filme é uma oportunidade de descobrir sua obra, mas muito especialmente de repensar a valorização dos artistas locais.

Serviço

De 27 a 30 de novembro, às 14h30min
Cinema Ulysses Geremina, no Ordovás, na Rua Luiz Antunes, 312, no Panazzolo
Ingressos a R$ 20 e R$ 10.

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Tags:

Cultura documentário Amor e morte em Julio Reny cinema Ordovás Caxias do Sul