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Artigo

A importância do desenho à mão na arquitetura contemporânea

Max Leonardo Manoel, arquiteto e urbanista da Associação Sala de Arquitetos

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Arquivo Pessoal
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Em um cenário dominado por softwares como SketchUp, Revit e ArchiCAD, discute-se se o arquiteto ainda precisa ser um bom desenhista. A resposta é clara: sim. Embora a tecnologia seja uma ferramenta valiosa, o domínio do desenho à mão é insubstituível. Um arquiteto pode ser competente sem saber desenhar, mas será excepcional se dominar essa habilidade.

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Desenhar à mão gera resultados instantâneos, diferentemente do processo digital, que depende de comandos e renderizações. Esse imediatismo permite ajustes rápidos, identificação prévia de problemas e uma evolução orgânica do projeto. Quando pulamos essa etapa, perdemos a praticidade e a referência criativa, essenciais para o desenvolvimento de soluções coerentes.

Programas são auxiliares, não substitutos. Eles não carregam as memórias afetivas, as influências regionais ou as experiências pessoais que moldam um projeto. A inteligência artificial, por exemplo, entrega soluções prontas, mas elimina o amadurecimento das ideias, os ensaios e a reflexão crítica. Quanto mais automatizado, menor o aprendizado.

Para estudantes, a dependência de ferramentas digitais é ainda mais prejudicial. Se recebem tudo pronto, como desenvolverão a capacidade de resolver problemas? Um profissional que não domina o desenho torna-se refém da tecnologia, limitando sua autonomia. E na obra, como fará um croqui rápido se depender exclusivamente de softwares?

O desenho deve ser a ferramenta principal, e os programas, apoio. Um arquiteto que esboça ideias em um guardanapo tem vantagem sobre quem precisa retornar ao escritório para digitalizá-las. A adaptação em obra, por exemplo, exige habilidade manual – não há tempo para revisões no Revit.

Saber desenhar não é um requisito obsoleto; é um diferencial. Um arquiteto sem essa habilidade pode ser bom, mas com ela, será extraordinário. A tecnologia deve facilitar, não substituir. O futuro da profissão depende do equilíbrio entre tradição e inovação – e o desenho à mão é a base desse equilíbrio.

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