Para atender a demanda crescente, Município prevê um novo serviço com 20 vagas e abertura de novo Creas
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01.10.2025 - 15h40min
O número de acolhimentos de crianças e adolescentes em Caxias do Sul aumentou em 2025. A média deste ano chega a 201 acolhimentos mensais em abrigos institucionais e casas lares, contra 172 registrados ao longo de todo o ano de 2024. O recorde até agora foi em maio, quando 30 novos acolhimentos foram registrados, totalizando 225 vagas.
Os dados foram apresentados na segunda-feira (22) pela Fundação de Assistência Social (FAS). A divulgação ocorreu em reunião conduzida pelo presidente da entidade, Mauro Trojan, e pela diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Franciele Roso, com representantes do Juizado da Infância e da Juventude, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos Tutelares.
O acolhimento institucional é motivado em quase metade dos casos (48%) por negligência, mas também por abandono (26%), uso de drogas pelos pais (14%), além de 10% motivados por abuso sexual e outros risos sociais.
A FAS já implantou medidas administrativas para suprir o crescimento desta demanda, como o remanejamento de educadores sociais e assistentes sociais de outros setores para os Serviços de Acolhimento Institucional (SAIs), bem como a nomeação de novos profissionais.
Segundo o presidente da FAS, Mauro Trojan, o Município está ampliando a capacidade de atendimento com a criação de 20 vagas em um novo serviço de acolhimento, que será inaugurado em outubro em um investimento de mais de R$ 2 milhões.
"Com a abertura também de um novo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e a atualização do Plano Municipal de Acolhimento Institucional e Familiar, estamos criando um protocolo emergencial de ingresso intersetorial, objetivando fortalecer o trabalho social com as famílias e a rede de proteção da criança e do adolescente", explica.
Trojan acrescenta ainda que o novo Creas terá um investimento anual de aproximadamente R$ 1,6 milhão.
"Dos seis técnicos que atenderão no serviço, quatro já foram nomeados e estão em treinamento para a abertura do espaço, prevista para ocorrer até o final do ano", informa.
Para a diretora Franciele Roso, a união de esforços também com os Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS) e dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdica) são fundamentais.
"Analisar os indicadores, unindo esforços, é o caminho para fomentar ideias inovadoras e que atendam de fato às necessidades das famílias e evitem o acolhimento institucional, que deve ser a última opção", pontua a responsável pela Diretoria de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da FAS.
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