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Programação segue, diariamente, até 3 de agosto, com acesso gratuito para o público
redacao@serraempauta.com.br
21.07.2025 - 17h54min
Entre culturas, cores, sons e ritmos distintos, a programação do primeiro fim de semana do 52º Festival Internacional de Folclore transformou Nova Petrópolis em um verdadeiro epicentro da diversidade.
Desde quinta-feira (17), quando iniciou o circuito de apresentações, artistas de diferentes países e estados brasileiros compartilharam com o público um pouco de sua história por meio da arte, especialmente a dança.
Até o final do domingo (20), cerca de 48 mil pessoas prestigiaram a programação, que ocorre em vários pontos do Município. A expectativa é atingir público de 200 mil pessoas até 3 de agosto, quando se encerram as atividades.
Para encantá-las, estão previstas cerca de 200 apresentações nesta edição do Festival, mobilizando em torno de 2 mil artistas – são delegações vindas de seis países e de oito estados, além dos participantes gaúchos (mais de 20 entre regionais e locais), todos conectados por um sentimento comum: o amor à arte.
É o caso do Ballet Ucraniano Roksolana, que há 15 anos vem da Argentina para participar do Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis. Protagonizando um dos mais aguardados espetáculos do sábado (19), o grupo se apresenta no Festival desde 2010.
"Cada vez que partimos, vamos com a esperança de voltar, e sabemos que há muitas pessoas que nos esperam de uma edição para outra. É uma emoção para nós participarmos pelo carinho que recebemos dos cidadãos de Nova Petrópolis, do público, da organização. É como se nos sentíssemos em casa", resume Silvina Barszczuk, coordenadora.
O Festival foi o primeiro evento internacional do qual o grupo, que existe desde 1994, participou. E foi por conta desse movimento que começaram a ser reconhecidos enquanto artistas tanto no Brasil quanto na própria Argentina.
Atualmente com 29 integrantes, todos eles amadores, o grupo é formado por muitos descendentes ucranianos de segunda, terceira ou quarta geração, que à época saíram do país fugindo das guerras que ocorriam na região. Hoje, cumprem a missão de manter viva a cultura do país.
"Fazemos tudo isso por puro amor pela cultura ucraniana, pelos nossos ancestrais. Mesmo que eles não estejam conosco, o vínculo permanece forte, e é isso que trazemos conosco. Somos incrivelmente gratos pelo Festival nos dar a oportunidade de mostrar um pouco do que podemos fazer", diz o coreógrafo do grupo, Iván Werenchuk.
Perpetuação do legado cultural
O compromisso com a valorização e preservação da cultura que pauta o Festival Internacional de Folclore é trabalhado desde cedo e de forma permanente em Nova Petrópolis, incentivando as novas gerações a perpetuarem o cultivo das tradições.
Nesse contexto, uma das mais expressivas manifestações durante o FIF é o Baile Infantil, nesta edição realizado na Associação Cultural e Recreativa Tiro ao Alvo, na tarde de sábado (19).
Por lá, 200 crianças entre dois e 15 anos, representantes de grupos locais germânicos e CTG, ao mesmo tempo em que se divertiam, protagonizavam um importante momento de renovação e continuidade.
Tipicamente trajado, o pequeno Bernardo Spier, de dois anos e meio, fez sua primeira participação no FIF neste ano – externando uma prática comum na família, que é a preservação das tradições alemãs.
O exemplo veio dos passos da mãe, Ana Paula Hansen Weber, que desde os dois anos participa do Böhmerlandtanzgruppe (grupo tradicionalista, de Nova Petrópolis) e já foi rainha do Festival Internacional de Folclore em 2016, e do pai, também apaixonado pela cultura germânica, especialmente por meio da música.
"Desde sempre procuramos incentivá-lo, para que ele siga nesse caminho de preservação cultural, do cultivo às tradições, tendo orgulho de nossas raízes e damos seguimento a esse legado, para que ele nunca se apague", diz Ana.
Visitantes aprovam acolhida
O diverso repertório de atrações do FIF é um atrativo que mobiliza visitantes de diversas localidades até Nova Petrópolis, como é o caso da família de Bruna Araújo Dias. Acompanhada do marido e da filha, veio de Pelotas para passar uma sequência de dias no Município, aproveitando, também, a programação do Festival.
"Já estivemos aqui várias vezes, a cidade é muito convidativa, pelo conjunto de atrativos, desde a riqueza da programação, a gastronomia, é um passeio que nos agrada muito", disse.
De Estância Velha, João Carlos Alves de Souza e a esposa também são visitantes recorrentes.
"Costumamos vir com frequência, a cidade é muito acolhedora, segura, e nos permite desfrutar de todas as atrações artísticas, gastronômicas, fazer compras. É um passeio muito legal", conta.
Atrações até 3 de agosto
A programação segue com atrações pelas próximas duas semanas, com apresentações diárias. Outros destaques entre as atrações são o Desfile de Integração (3 de agosto), a Roda de Capoeira (22 e 29 de julho, às 15h, na Praça das Flores), o Sarau da Diversidade (26 de julho, às 10h, na Biblioteca Pública Municipal) e as Noites Culturais.
Também ocorrem oficinas de artesanato (Mãos da Diversidade), de dança (Passos da Diversidade), de gastronomia (Panelas da Diversidade), além da Feira da Diversidade, com produtos típicos de diferentes regiões do Brasil e do mundo, incluindo artesanato, vestuário, utensílios culturais e iguarias (essa, diariamente).
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1º final de semana Festival Internacional de Folclore Nova Petrópolis celebra diversidade cultural
