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Retenção de talentos: um desafio estratégico para empresas e líderes

Daniela Grolli, psicóloga corporativa e CEO da DG Recursos Humanos

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Diego Friggo/Divulgação
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Manter colaboradores dentro das empresas nunca foi tão desafiador. Um estudo recente realizado pela McKinsey & Company aponta que apenas 3% das empresas brasileiras estão preparadas para reter profissionais qualificados.

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Há outros dados que mostram que, a cada 10 profissionais contratados, cerca de cinco deixam a organização em poucos meses. Algumas pesquisas indicam prazos de apenas 90 dias para essa rotatividade inicial. Em um cenário em que a oferta de talentos diminuiu e as oportunidades de emprego aumentaram, a competição pela permanência dos melhores profissionais se intensificou de forma inédita.

Hoje, o perfil do colaborador mudou. As pessoas não buscam mais apenas um emprego; elas buscam pertencimento, propósito e crescimento. Atividades manuais e operacionais, que antes atraíam grande parte da força de trabalho, agora enfrentam escassez de candidatos, especialmente em cidades como as da Serra Gaúcha, por exemplo, que dependem dessas funções produtivas.

A falta de mão de obra qualificada para funções essenciais é uma realidade crescente, impactando diretamente a produtividade e a competitividade das empresas.

Neste cenário, a área de Recursos Humanos precisa ser mais do que operacional: precisa ser estratégica. O RH moderno deve agir como um agente de mudança e suporte, tanto para a direção da empresa quanto para os gestores de equipes. Isso exige um novo olhar sobre as práticas de gestão de pessoas, com ênfase em construção de cultura, desenvolvimento de liderança e ações que promovam o sentimento de pertencimento.

Mas não basta atualizar o RH. A liderança também precisa evoluir. O desenvolvimento contínuo de líderes é essencial, porque são eles quem lidam diretamente com os times, promovem o clima organizacional e têm o poder de gerar (ou não) engajamento.

Líderes emancipados, capazes de tomar decisões, inspirar seus times e atuar de forma alinhada à estratégia organizacional fazem toda a diferença na retenção de talentos.

Há quem diga que hierarquia é negativa e ultrapassada. Pelo contrário, a hierarquia é essencial para dar clareza e sustentação às mudanças. Organizações sem estrutura definida tendem a ser caóticas e ineficazes. O segredo está em alinhar hierarquia com autonomia, criando uma cultura onde líderes e liderados sabem seus papéis e responsabilidades.

Outro ponto crucial é entender que nenhuma empresa precisa oferecer benefícios excessivos para reter talentos, mas garantir as bases sólidas: um ambiente de trabalho saudável, oportunidades de crescimento, respeito, liderança inspiradora e senso de equipe.

Se antes bastava um bom salário para garantir permanência, hoje fatores emocionais, como reconhecimento, segurança psicológica e senso de propósito, são decisivos.

Todos os setores estão passando por essas transformações. Uns sentem mais, outros menos. A grande diferença está na disponibilidade para se atualizar e acompanhar como o mercado tem conduzido a retenção.

Aquelas empresas que agem com agilidade, que escutam seus profissionais e fortalecem suas lideranças, estão conseguindo manter seus talentos, mesmo em meio a um cenário tão desafiador.

Portanto, a autorresponsabilidade precisa ser uma via de mão dupla: da empresa, garantindo um ambiente minimamente saudável e acolhedor; e do colaborador, entendendo que também é seu papel se desenvolver e contribuir para o crescimento conjunto.

O mercado mudou, os profissionais mudaram, e a forma de liderar também precisa mudar. Quem entender que o RH estratégico e a liderança preparada são as chaves para a retenção sairá na frente.

Em tempos em que pessoas não permanecem nos empregos como antes, investir em cultura, pertencimento e atualização contínua deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade.

Não é mais apenas sobre salário ou tempo de casa: é sobre se sentir parte, crescer junto e confiar na liderança. Empresas que entenderem isso e colocarem em prática terão uma vantagem significativa no futuro do trabalho.

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