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Benefício é concedido a pessoas em situação de rua que desejam retornar à sua cidade de origem
redacao@serraempauta.com.br
21.11.2025 - 13h19min
Ao longo de 2025, a Fundação de Assistência Social (FAS), de Caxias do Sul, tem intensificado o trabalho de abordagem à população em situação de rua.
Além de ampliar a capacidade de acolhimento, a FAS também aumentou a concessão do auxílio-passagem, benefício eventual destinado a quem deseja retornar a sua cidade de origem, funcionando como um instrumento de resgate da autonomia e de reinserção social.
Inicialmente, o programa custeava os deslocamentos apenas no Rio Grande do Sul. Desde 2024, porém, para tornar o serviço mais efetivo e com melhores resultados, as regras foram alteradas, possibilitando a concessão de passagens também para fora do Estado.
Como resultado, houve um significativo aumento no número de pessoas que foram tiradas das ruas e retornaram para suas famílias. Se em todo o ano de 2024 foram 456 passagens concedidas, neste ano – nos dez primeiros meses – esse total já chega a 611.
Quando comparamos períodos semelhantes, ou seja, de janeiro a outubro dos dois anos, o aumento é de 58,70% (de 385 passagens em 2024 para 611 em 2025). São centenas de pessoas às quais o município proporcionou a oportunidade de saírem dessa condição.
Os benefícios do programa são notados em vários aspectos. Do ponto de vista humanitário, uma pessoa que até então estava vivendo nas ruas tem a oportunidade de retornar ao convívio familiar, resgatando e fortalecendo vínculos afetivos. O resultado é um aumento da autonomia, novas oportunidades e a redução da vulnerabilidade e do risco social.
A diretora de Proteção Social Especial de Média Complexidade da FAS, Cristiane Oliboni, ressalta a criteriosa avaliação técnica que é feita antes da concessão do benefício, bem como a averiguação das condições que o usuário encontrará na cidade de destino.
"Não é simplesmente colocar a pessoa no ônibus e dizer tchau. É feito um contato prévio com a família e com a rede assistencial da cidade que receberá esse indivíduo, sempre que possível, para confirmar que ele realmente terá uma rede de apoio e acolhimento”, explica.
Outra ressalva feita por Oliboni é que o deslocamento é uma opção voluntária da pessoa, motivada pela sua vontade de abandonar as ruas.
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