Irene Marcondes, diretora de Negócios da Agência IMC
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04.12.2025 - 17h08min
Comunicação sem direção vira um looping infinito de improviso. A crença de que reagir rápido mantém relevância só faz sentido na superfície. Na prática, isso cansa a equipe, fragiliza a identidade e deixa a marca refém do algoritmo. Curtidas vazias não geram oportunidades valiosas e nem constroem lembrança. Quando o foco vira só frequência, o conteúdo afina, as métricas enganam e o resultado real some do mapa.
Mas quando o centro volta a ser gente, e não hype, a conversa muda. Relevância deixa de ser exceção, o conteúdo passa a conectar de verdade e as métricas medem algo que importa: valor, engajamento real e retenção. E quando se equilibra pessoa e algoritmo, aí sim nasce o terreno fértil, trazendo frequência com propósito, consistência sem rigidez e conteúdo que escala sem perder alma.
O que muita gente esquece é que o planejamento precisa ser revisitado constantemente e só assim se torna uma ferramenta viva. Ele serve para tomar decisões difíceis sem precisar adivinhar o futuro. Serve para filtrar oportunidades, dizer “não” para o que não faz sentido e evitar que a marca entre em todo trend só para não “ficar para trás”. Sem planejamento, qualquer convite vira prioridade. Com planejamento, prioridade tem nome e sobrenome.
Outro ponto é que o planejamento permite que o marketing atue com inteligência frente aos desafios do mundo acelerado e barulhento. Em vez de só trabalhar com urgências, a equipe consegue pensar, testar, ajustar, respirar. A criatividade agradece, o resultado aparece e a marca vira protagonista, não figurante do próprio feed. Isso muda clima interno, eficiência, consistência e, claro, a percepção do público.
Sair do modo reativo exige método. Exige mergulho no contexto, entendimento do público, leitura de comportamento e um bom olhar de benchmarking. É preciso lembrar que estratégia vem antes do post, que métricas precisam dizer alguma coisa útil e que o plano se atualiza, mas o propósito não troca de roupa a cada trend. No fim, o recado é simples: hype passa. Quem fica é a marca que sabe para onde está indo.
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