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Pandemia silenciosa

Quedas de idosos podem colapsar sistema de saúde

Acidentes já são a terceira causa de morte por motivos externos e podem se tornar a principal nos próximos 20 anos

Jornalista - Redação

redacao@serraempauta.com.br

Geórgia Thomé
Foto Principal - Notícia

No Brasil e no mundo, uma epidemia silenciosa cresce de forma acelerada: as quedas entre idosos. Segundo o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 684 mil pessoas morrem por ano devido a quedas, e 37,3 milhões sofrem lesões graves que exigem atenção médica.

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Dados do Ministério da Saúde revelam que as quedas são o principal motivo de hospitalizações entre pessoas com mais de 60 anos; entre as causas externas de morte, já ocupam o terceiro lugar.

No Rio Grande do Sul, dados recentes mostram que as quedas estão entre os principais fatores de morbidade e mortalidade entre idosos. Somente em 2021, 2.426 idosos morreram devido a consequências externas, incluindo quedas.

Esse cenário, pouco discutido, é ainda mais alarmante diante do envelhecimento populacional brasileiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2030, haverá mais idosos do que crianças no país. E se nenhuma ação preventiva for tomada, o número de mortes e incapacidades por quedas poderá duplicar, sobrecarregando o sistema público de saúde.

Envelhecer não precisa ser sinônimo de fragilidade, mas o corpo passa, sim, por transformações naturais: perda de massa muscular (sarcopenia), diminuição da densidade óssea (osteoporose), alterações no equilíbrio e no sistema sensorial. Esses fatores, associados a um estilo de vida sedentário, alimentação inadequada e ausência de suporte clínico, ampliam exponencialmente o risco de quedas.

"Quedas não são apenas eventos pontuais, são sinais de que o corpo está pedindo ajuda", alerta a educadora física e sócia da Corefit - Reabilitação Cardíaca e Treinamento Funcional, Munique Salvador.

"Nosso trabalho está focado em interromper esse ciclo, por meio de exercícios de força, atividades aeróbicas e treinos de equilíbrio voltados à manutenção da capacidade funcional", afirma.

Movimento é prevenção

O Programa de Prevenção de Quedas da Corefit se destaca por oferecer um atendimento individualizado, com foco no fortalecimento da musculatura, melhora do equilíbrio corporal, estabilidade da marcha e aumento da autonomia nas atividades de vida diária.

"Recebemos, por exemplo, um paciente com histórico recente de tropeços e quedas. Uma delas resultou em fissura no cóccix e lesão no tornozelo após escorregar na calçada. Ele procurou ajuda ao perceber o quanto estava perdendo sua independência", relata a fisioterapeuta e sócia da Corefit, Luane Brambilla.

Após avaliação, foram identificados desequilíbrios posturais e perda de força muscular nos membros inferiores. Em seis meses de reabilitação, com exercícios personalizados, o paciente apresentou evolução notável: ganhou segurança, equilíbrio, e retomou com autonomia tarefas que antes causavam medo.

"Hoje ele continua o acompanhamento preventivo. Está mais ativo, confiante e independente. Exatamente o que buscamos para todos os nossos pacientes", completa Luane.

Prevenir é mais barato do que reabilitar

Pisos escorregadios, tapetes soltos, objetos em áreas de circulação (como brinquedos de crianças), iluminação inadequada e ausência de barras de apoio e corrimãos, são algumas das causas mais comuns de quedas na população idosa.

Além das consequências físicas e emocionais, as quedas têm um custo altíssimo para o sistema de saúde. Uma fratura de fêmur, por exemplo, pode custar entre R$ 3 mil e R$ 11 mil por paciente, somando cirurgia, internação e reabilitação. Mas o maior prejuízo é humano: após uma queda grave, até 40% dos idosos não recuperam a autonomia, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Investir em prevenção é urgente e possível. Com acompanhamento adequado, é possível envelhecer com segurança, dignidade e liberdade de movimento.

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