Porto Alegre lidera o ranking gaúcho, com 395 casos, seguida por Caxias do Sul com 124 registros
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30.09.2025 - 14h35min
O Rio Grande do Sul já soma 1.407 casos de violência contra a população LGBTQIAPN+ até 29 de setembro deste ano, segundo dados da Ouvidoria Nacional do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Em todo o Brasil, o número chega a 36.443 registros. Os dados englobam situações que violam os direitos humanos, como maus-tratos, exploração sexual e tráfico de pessoas.
Porto Alegre lidera o ranking gaúcho, com 395 casos, seguida por Caxias do Sul (124) e Sapiranga (48). Na região, aparecem Bento Gonçalves (36) e Gramado (21). Grande parte dos episódios envolve agressões físicas e psicológicas, cometidas principalmente por homens. Apesar do avanço de leis voltadas à proteção da comunidade, os números seguem em crescimento.
Segundo o professor de Direito da Faculdade Anhanguera, Antony Delorran, a discriminação contra pessoas LGBTQIAPN+ ocorre diariamente, muitas vezes de forma velada.
"Abordar esses dados e fomentar a conscientização, visa garantir que as pessoas LGBTQIAPN+ tenham os mesmos direitos e oportunidades que qualquer outro cidadão. Dessa forma, realizar campanhas que abordem a importância dos direitos humanos e a necessidade de combater a discriminação, vem de encontra com a urgência em dirimir cada vez mais esse crime, que deve ser sempre denunciado", destaca Antony.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) destaca que pessoas trans estão entre as mais vulneráveis, principalmente em casos de homicídio.
Para Delorran, a criação e implementação de leis específicas ajudam a ampliar mecanismos de proteção e acesso à justiça.
"Criar e implementar leis que criminalizem a discriminação e a violência contra pessoas LGBTQIAPN+, faz com que nós tenhamos maior acesso a mecanismos legais de proteção e justiça, seja na punição ou em serviços de apoio psicológico e social quando vítimas. Além disso, possibilita que os indivíduos de toda a sociedade sejam educados acerca da diversidade sexual e de gênero, trabalhando na formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos", avalia.
As denúncias podem ser feitas por qualquer cidadão, via Polícia Militar (190), Polícia Civil (197), Disque 100, além de canais eletrônicos. O Ministério Público e o Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD/LGBT) também podem ser acionados.
As 12 cidades mais violentas do RS contra a população LGBTQIAPN+
:: Porto Alegre – 395 casos
:: Caxias do Sul – 124
:: Sapiranga – 48
:: Santa Maria – 45
:: São Leopoldo – 41
:: Pelotas – 41
:: Cachoeirinha – 41
:: Bento Gonçalves – 36
:: Passo Fundo – 30
:: Canoas – 24
:: Gramado – 21
:: Arroio Grande – 19
*Dados atualizados em 29 de setembro de 2025.
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