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Cultura em Pauta

Primeiro museu a céu aberto de Caxias homenageia mulher da comunidade negra

Iniciativa no bairro Euzébio Beltrão de Queiróz une arte urbana, memória e inclusão

Jornalista - Gustavo Tamagno Martins

redacao@serraempauta.com.br

OFF Photo, Divulgação
Foto Principal - Notícia

As cores vibrantes dos muros do Bairro Euzébio Beltrão de Queiróz, em Caxias do Sul, já anunciam uma nova fase para a comunidade. O projeto Tem Arte na Favela: Museu de Arte Regina Rodrigues Machado chega para consolidar um movimento que vem transformando o território desde 2022, quando os primeiros murais começaram a ocupar as paredes das casas e a mudar o olhar sobre o lugar.

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A iniciativa prevê a criação do primeiro museu a céu aberto de Caxias do Sul, com inventário das 70 obras de graffiti e muralismo existentes, produção de dois novos murais inéditos e a implantação de recursos de acessibilidade e audiodescrição. 

A proposta é transformar o Beltrão, conhecido até pouco tempo como “Zona do Cemitério”, em um ponto turístico cultural e de memória viva, que reafirma a identidade periférica local e amplia o acesso à arte e à cultura.

O museu recebe o nome de Regina Rodrigues Machado (1919–2004), figura histórica do bairro, lembrada pelo trabalho comunitário e pela solidariedade. Moradora desde a década de 1950, Regina foi líder social, costureira e fundadora do Clube de Mães, organizando ações de apoio e celebrações que marcaram gerações.

“Dar o nome de Regina ao museu é reconhecer a força feminina e negra da nossa história. Ela simboliza o cuidado e o espírito de união que sustentam o Beltrão até hoje”, destaca Fernando Morais, presidente do Vielas Espaço Cultural e um dos idealizadores do projeto.

“Graffitour”: arte como caminho de reconexão

Entre as atividades de novembro, o projeto promoverá visitas mediadas ao Graffitour, uma imersão de cerca de um quilômetro pelas ruas do bairro, para docentes da rede municipal de ensino. 

A caminhada propõe desmistificar a ideia de que favela é lugar de violência e pobreza, aproximando educadores do território e das narrativas que emergem das artes urbanas.

“O graffiti passou a ser um espelho da comunidade. Cada parede reflete um pedaço da nossa história, das nossas lutas e alegrias”, relata Morais.

Desde que as pinturas começaram, a autoestima dos moradores se fortaleceu, o bairro passou a ser reconhecido por sua vibração artística e a receber novos olhares de instituições e da própria cidade. O Tem Arte na Favela é, assim, um passo adiante nesse processo de valorização e pertencimento, que transforma o cotidiano em patrimônio e a arte em instrumento de cidadania.

PROGRAMAÇÃO PRINCIPAL

:: 7 e 14/11: Graffitour com professoras e professores da rede municipal de ensino.

:: 22 e 23/11: produção de murais autorais dos artistas residentes Rusha Silva e Niggaz e do artista convidado Erick Citron, feira de mulheres empreendedoras, show musical com o rapper Nego Dinóia e oficina de Graffiti com o artista plástico Andrigo Martins

:: 23/11, às 16h: entrega oficial do Museu de Arte Regina Rodrigues Machado à comunidade e visita mediada ao Graffitour com audiodescrição

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